Lutas por direitos no espaço urbano brasileiro e os ODS no contexto da pandemia de COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.34096/ps.n12.14572Palabras clave:
Movimentos Socioespaciais, Movimentos Socioterritoriais, Desenvolvimento SustentávelResumen
Este artigo examina as ações dos movimentos socioespaciais e socioterritoriais urbanos no Brasil durante 2020 e 2021, em um contexto marcado pela pandemia e pela polarização política sob o governo de Jair Bolsonaro. A crise sanitária e o aumento da pobreza impulsionaram a mobilização de diversos grupos, tanto críticos quanto favoráveis ao governo. Durante o período analisado, foram registrados 438 movimentos ativos. Em 2020, suas ações se concentraram nas grandes metrópoles, mas, em 2021, expandiram-se para cidades intermediárias. Os dados mostram como o contexto político e social influenciou suas agendas. Os grupos conservadores e de extrema direita desafiaram as diretrizes da OMS e rejeitaram o marco dos ODS, enquanto os movimentos de esquerda promoveram iniciativas contra a pobreza e em defesa da saúde, da educação e do trabalho. Esse período refletiu profundas disputas e a falta de consenso na sociedade brasileira sobre um futuro mais justo e sustentável. A pesquisa foi realizada no âmbito da Rede DATALUTA, que administra o Banco de Dados das Lutas por Espaços e Territórios, analisando, desde 2020, a relação entre essas lutas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
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