Quando os falantes nativos são os professores, os professores são pesquisadores, e os linguistas são parceiros

Autores

  • Wilmar R. D'Angelis

DOI:

https://doi.org/10.34096/sys.n29.2806

Palavras-chave:

pesquisa colaborativa, língua kaingang, pesquisadores nativos

Resumo

Nas últimas décadas, tenho participado, como linguista, em várias ações relacionadas à formação de professores indígenas e em consultoria de programas de educação indígena, atuando diretamente com seus professores. Em especial, eu tenho trabalhado em programas e escolas da etnia Kaingang. Em todas essas ações tenho experimentado a prática de investigação colaborativa com falantes nativos da língua, e ao mesmo tempo tratamos de promover a formação de professores indígenas como pesquisadores nativos. Na verdade, esta formação não abrange apenas os professores, uma vez que nas oficinas que fazemos é fundamental a presença de falantes nativos mais velhos, de modo que alguns deles, como autênticos intelectuais indígenas, tiram o máximo desses momentos de estudo em comum. No presente texto, pus ênfase nos ganhos éticos e científicos obtidos com este tipo de colaboração (que é exemplificado pela “descoberta” de uma categoria gramatical de gênero na língua Kaingang), com consequências facilmente dedutíveis para a qualidade da educação escolar em comunidades indígenas, especialmente como uma contribuição para o fortalecimento e revitalização de suas línguas. 

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Edição

Seção

Dossier. Hablantes bi/plurilingües y prácticas educativas: Perspectivas etnográficas e interaccionistas"

Como Citar

Quando os falantes nativos são os professores, os professores são pesquisadores, e os linguistas são parceiros. (2016). Signo Y seña, 29, 63-77. https://doi.org/10.34096/sys.n29.2806