Paternidade brasileira na era do DNA: a certeza que pariu a dúvida

Autores

  • Claudia Fonseca Universidad Federal de Rio Grande do Sul (UFRGS),

DOI:

https://doi.org/10.34096/cas.i22.4487

Palavras-chave:

Paternidade, Reprodução, Direito familiar, Tecnologia do DNA, Relações de gênero

Resumo

Atualmente, no Brasil, existe uma onda de testes de paternidade DNA (nos laboratórios públicos e em clínicas particulares) que levanta reflexões interessantes quanto à interseção das esferas médica e jurídica e sua influência sobre as relações de gênero e de parentesco na sociedade contemporânea. Para analisar esse fenômeno, acompanhamos nas diferentes instâncias jurídicas em Porto Alegre (na Defensoria da República, nas Audiências de Conciliação, na Vara de Família e no Serviço Médico do Tribunal) pessoas envolvidas em disputas jurídicas em torno da identidade paterna. Investigamos também como recentes mudanças nas leis de reconhecimento paterno são acionadas pelas diferentes personagens do cenário. A partir desses dados, levantamos a hipótese de que, longe de inspirar maior tranqüilidade, a simples existência do teste atiça as dúvidas. Tendo repercussões profundas sobre a nossa maneira de ‘saber’ quem é pai, a situação descrita nesse paper traz novos desafios para uma antropologia do conhecimento, voltada para a análise das crenças (inclusive científicas) ocidentais.

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Biografia do Autor

  • Claudia Fonseca, Universidad Federal de Rio Grande do Sul (UFRGS),
    Profesora e investigadora del Programa de Posgrado en Antropologia Social, Universidad Federal de Rio Grande do Sul (UFRGS),

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Edição

Seção

Artículos.

Como Citar

Paternidade brasileira na era do DNA: a certeza que pariu a dúvida. (2005). Cuadernos De antropología Social, 22. https://doi.org/10.34096/cas.i22.4487