Crédito e confiança. Relações econômicas entre agricultores familiares da comunidade de São Lourenço, Nova Friburgo – Rio de Janeiro, Brasil.
DOI:
https://doi.org/10.34096/cas.i49.5291Palavras-chave:
credito, moralidades, contrato, agricultura familiar, mercadoResumo
Este artigo trata das relações de créditos estabelecidas entre agricultores familiares da comunidade de São Lourenço, em Nova Friburgo – RJ. Estas relações, que muitas vezes substituem os empréstimos institucionais, são realizadas sem nenhum tipo de contrato ou formalização e orientadas por valores e moralidades diferentes daqueles promovidos pelo direito positivo e pelo sistema econômico. Desenvolvo então uma discussão a respeito de duas moralidades vigentes concomitantemente nestas relações: a moralidade representada como local, que diz repeito diretamente às pessoas envolvidas na relação; e a moralidade relacionada a lógica do direito positivo e do sistema econômico, que diz respeito a promoção dos princípios igualitários de uma ideologia individualista, baseada em regras determinadas e impessoais. Analiso também como relações aparentemente não orientadas por valores econômicos permitem que estes agricultores figurem no “mercado”, tornando-se competitivos.
Downloads
Referências
» Arensberg, C. e Kimball, S. (1973). Relações de crédito na Irlanda Rural. Em S. Davis
(Org.), Antropologia do direito. Estudo comparativo de categorias de dívida e contrato (pp.
-100). Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
» Bohannan, P. e Dalton, G. (1962). Markets in Africa. Evanston: Northwestern University
Press.
» Cardoso de Oliveira, R. (1998). O Trabalho do Antropólogo: Olhar, Ouvir, Escrever. São
Paulo: Ed Unesp.
» Graeber, D. (2011). Debt: The First 5000 Years. New York: Melville House Publishing.
» Godelier, M. (S/D). Racionalidade e irracionalidade na economia. Rio de Janeiro: Edições
Tempos Brasileiros.
» Hirschman, A. O. (1979). As Paixões e Os Interesses – Argumentos políticos a favor do Capitalismo antes do seu triunfo. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
» Kula, W. (1966). On the Typology of Economic Systems. Paris: UNESCO.
» Labronici, R. B. (2019). A dívida galopante: a economia das apostas e os significados
dos usos do dinheiro no turfe. Sociologia e Antropologia, 9(1), 185-209. Doi: http://dx.doi.
org/10.1590/2238-38752019v918
» Maclver, R. M. (1971). Apresentação. Em K. Polanyi, The Great Transformation (pp. 9-12).
Boston: Beacon Press.
» Mauss, M. (2003). Ensaio sobre a dádiva. Em Sociologia e Antropologia (pp. 183-314). São
Paulo: Cosac e Naify.
» Polanyi, K. (1971). The Great Transformation. Boston: Beacon Press.
» Sahlins, M. (1970). Sociedades Tribais. Rio de Janeiro: Zahar Editores
» Sahlins, M. (1972). Stone Age Economics. Londres: Travistock.
» Silva, M. J. C. (1976). Terra da Pobreza. Rio de Janeiro: UFRJ.
» Simmel, G. (1998). O dinheiro na cultura moderna. Em J. Souza O. Berthold (Orgs.), Simmel e a modernidade (pp. 23-40). Brasília: Editora da UNB.
» Zelizer, V. (2005). Encontro de intimidade e economia. Em A negociação da intimidade
(pp. 17-47). Petrópolis: Editora Vozes.
» Zelizer, V. (2011). Economic Lives. How culture shapes the economy. Princeton: University
press.
» Weber, M. (2004). A ética Protestante e o “Espírito” do Capitalismo. São Paulo: Companhia
das Letras.
Legislação citada
» BRASIL, Lei nº 11.326, de 24 de Julho de 2006. Dispõe sobre a Agricultura Familiar.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença

Esta obra está bajo una Licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional
Cuadernos de Antropología Social sostiene su compromiso con las políticas de Acceso Abierto a la información científica, al considerar que tanto las publicaciones científicas como las investigaciones financiadas con fondos públicos deben circular en Internet en forma libre, gratuita y sin restricciones.
Los contenidos y opiniones expresadas en los artículos publicados son de entera responsabilidad de sus autores.
Los autores/as que publiquen en esta revista aceptan las siguientes condiciones:
- Los autores/as conservan los derechos de autor y ceden a la revista el derecho de la primera publicación, bajo la licencia de atribución de Creative Commons, que permite a terceros utilizar lo publicado siempre que mencionen la autoría del trabajo y a la primera publicación en esta revista.
- Los autores/as pueden realizar otros acuerdos contractuales independientes y adicionales para la distribución no exclusiva de la versión del artículo publicado en esta revista (p. ej., incluirlo en un repositorio institucional o publicarlo en un libro) siempre que indiquen claramente que el trabajo se publicó por primera vez en esta revista.